“O melhor professor do Brasil” é paraibano e é ele, Afonso Pereira, o homenageado principal do 40º Aniversário da Academia Paraibana de Letras Jurídicas (APLJ), visto que em 2017, se vivo estivesse, o jurista, professor e um dos patronos da APLJ, completaria 100 anos de idade. Para esta quinta-feira (3) está programada, a partir das 9h, a realização do III Encontro Nacional das Academias de Letras Jurídicas do Brasil, que ocorrerá no Centro de Estudos Jurídicos e Sociais (CEJUS), localizado no Bairro dos Estados, em João Pessoa.
O Encontro Nacional contará com a presença de 40 participantes, entre juristas, poetas e escritores, de todo o país para debater assuntos ligados ao Direito e à política nacional na contemporaneidade. O evento dará continuidade à série de atividades, que começaram na última quarta-feira com uma Sessão Especial na Câmara Municipal, em alusão ao 40º Aniversário da Academia Paraibana de Letras Jurídicas – a terceira Academia mais antiga do país – e ao centenário de Afonso Pereira, um dos patronos da APLJ.
Em 2011, após três anos de seu falecimento, o Senado Federal concedeu o título de “melhor professor do Brasil” a Afonso Pereira. Esse e outros aspectos da vida profissional do jurista foram lembrados pelo vereador Lucas de Brito ao propor uma Sessão Especial no Órgão Municipal.
O parlamentar destacou a importância da preservação das letras e o fomento ao estudo jurídico na Paraíba, em virtude da função social de apaziguador de conflitos desempenhada pelo conhecimento jurídico e sua justa aplicação. “O Direito sem a Justiça seria uma mera técnica de dominação”, enfatizou.
Além disso, ele acredita que toda a comunidade paraibana deva conhecer um pouco melhor sobre Afonso Pereira e “sua significativa herança jurídica” no Estado.
Para o presidente da APLJ, Ricardo Bezerra, Afonso Pereira soube “sonhar” com dias melhores e mais justos para seu país, e, principalmente, seu Estado. “Ele sempre teve boas ideias e, acima de tudo, soube como aplica-las visando o desenvolvimento não somente jurídico, mas financeiro, cultural e social de seus compatriotas”, afirmou o jurista.
Afonso foi um dos fundadores do Centro Universitário de João Pessoa e, hoje, sua filha, Ana Flávia Pereira é a reitora da instituição. Em paralelo a seu cargo, Ana e sua mãe, Clemilde Pontes Pereira, dedicam-se ao projeto conhecido como “Arquivo Afonso Pereira”, uma espécie de museu com quase 10 mil documentos, entre livros, fotos e correspondências do acervo pessoal de Afonso e doações da sociedade civil.
O Arquivo Afonso Pereira funciona na Praça João XXIII, Rua Maximiniano Chaves, nº 78, Jaguaribe (próximo ao Bompreço), e é aberto à comunidade em geral de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h.
Foi nesse ambiente que ocorreu, na última quarta-feira (2), mais uma atividade pertencente à programação especial alusiva aos 40 anos da APLJ, com palestras. O evento também abriu espaço para o lançamento de livros, como o “Al-5 em poesias”, que aborda os 48 anos da Ditadura Militar no Brasil.
A obra é organizada pelo poeta Francisco Salgado, em parceria com a poeta e artista plástica Neuza Ladeira, uma das vítimas da ditadura e do AI-5, com a historiadora Christina Rodrigues, que traça um perfil histórico da época, e com a escritora e pesquisadora Dalva Silveira, que faz uma análise sobre a influência do AI-5 nas artes no Brasil.
As atividades em comemoração aos 40 anos da APLJ prosseguem até a próxima sexta-feira, com um evento especial na Faculdade Iesp, às 19h.
Fonte: ClickPB
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