sábado, 14 de julho de 2018

O ex-presidiário Leomar Oliveira Barbosa, de 55 anos, solto após um erro no Presídio de Formosa, no Entrono do Distrito Federal, não pretende se entregar à Justiça, segundo a defesa informou à TV Anhanguera. Apesar de ter sido solto em cumprimento de alvará de soltura, ele é considerado foragido pela Justiça por ter condenações por outros processos. Ele é apontado como ex-braço-direito do traficante Fernandinho Beira-Mar e conhecido como “Playboy”.
A defesa de Leomar disse ainda que ele saiu do presídio de forma lícita e nega participação dele com facção criminosa de Fernandinho.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou, por meio de nota, que o preso foi liberado no último dia 4 de julho em cumprimento de um alvará de soltura. No entanto, de acordo com o comunicado, “o preso foi liberado indevidamente em função de haver contra ele outras duas execuções penais [...] não observado por servidores do cartório da unidade”.
A nota informa ainda que a DGAP “determinou o imediato afastamento do responsável pelo cartório e dos servidores encarregados de fazer as consultas de praxe”. Além disso, o órgão abriu uma sindicância para apurar os fatos.
Presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais em Goiás (Sinesp-GO), Maxsuel Miranda das Neves, afirmou que os agentes prisionais não são responsáveis por verificar se o preso tem ou não outras condenações antes de liberá-lo. Segundo ele, muitas cadeias sequer têm estrutura para isso.
“Essa atribuição não é ligada ao nosso cargo. Recomenda-se que as varas criminais façam essa conferência. A maioria das unidades do sistema prisional goiano não tem nem computadores”, afirmou.
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) informou à TV Anhanguera que a responsabilidade de verificar as condenações do preso é dos agentes penitenciários. Ainda sobre a alegação do presidente do Sindicato, a DGAP disse que os presídios têm estrutura para que os agentes façam essas consultas.
O promotor Marcelo Celestino informou que a responsabilidade é dos servidores da DGAP. Ainda segundo ele, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deve acompanhar o processo disciplinar já instaurado pela Diretoria-Geral.
Prisão    
Em uma operação de 2011, a Polícia Federal descobriu uma nova rota do tráfico internacional que passa por dentro do Pantanal. Na ocasião, foram apreendidos dois aviões e mais de 6 mil cartuchos de munição de fuzil 762 – metralhadoras automáticas de uso exclusivo das Forças Armadas – que estavam escondidos em uma fazenda. As investigações apontaram que o arsenal pertencia a Leomar.
Reportagem do Jornal Nacional revelou que o fazendeiro que cedeu a propriedade para esconder a munição levou aos policiais até o local. Ele desenterrou os tambores onde estavam os projéteis. A propriedade fica em Barão de Melgaço, a 110 quilômetros de Cuiabá, em uma região alagada do Pantanal.
Alta periculosidade    
Leomar começou cumprindo pena na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Porém, neste ano, ele foi transferido para Formosa para uma unidade feita para abrigar presos considerados perigosos ou ligados a facções criminosas. Somadas as penas dele totalizam 22 anos de prisão.

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