segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após obter aval para importar 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19, a Fiocruz corre agora para obter os últimos documentos exigidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que permitam à instituição pedir o uso emergencial da vacina no Brasil.

Entre os pontos pendentes estão dados sobre a composição do imunizante e que mostrem que a vacina, que deve ser importada do Serum Institute, da Índia, é a mesma já usada no Reino Unido, por exemplo.

"É necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados", informa a agência.

Os itens foram discutidos em reunião entre representantes da Fiocruz e Anvisa nesta segunda-feira (4). A previsão da Fiocruz é apresentar um pedido de uso emergencial da vacina até quarta (6).

Nos últimos dias, a Fiocruz obteve aval da agência para importar, de forma excepcional, 2 milhões de doses já prontas da vacina. A medida faz parte de uma estratégia para tentar antecipar o início da vacinação para janeiro.

No domingo (3), porém, o CEO do Instituto Serum disse a agências de notícias estrangeiras que a Índia não permitirá, ao menos até março, a exportação das doses que produzirá da vacina de Oxford. A instituição havia sido contratada para produzir 1 bilhão de doses do imunizante para países em desenvolvimento.

Ainda não há informações sobre o impacto da medida no acordo para obter as 2 milhões de doses.

A vacina de Oxford é hoje a principal aposta do governo brasileiro para a imunização contra a doença.

O plano do governo é iniciar a vacinação com essas doses iniciais, importadas, enquanto a Fiocruz, que tem uma parceria com a AstraZeneca, começa a produção das demais 100 milhões de doses previstas em acordo com a farmacêutica – e cuja entrega é prevista para ser iniciada em fevereiro e concluída ao longo do primeiro semestre.


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