quinta-feira, 21 de julho de 2022

Pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta quinta-feira mostra um cenário estável na disputa presidencial, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 11 pontos percentuais à frente de seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em relação à última pesquisa, de junho, o petista oscilou um ponto para baixo e o atual mandatário, 3 — ambos ainda dentro da margem de erro.

O pedetista Ciro Gomes, que teve seu nome referendado em convenção partidária nesta quarta-feira, oscilou de 7% para 8%. Já Simone Tebet (MDB) oscilou de 3% para 4%.

Lula segue com ampla vantagem entre o público feminino: 19 pontos percentuais separam o petista de Bolsonaro. Com os homens o cenário é outro: o ex-presidente aparece com 40% da preferência do eleitorado masculino contra 38% do atual mandatário, configurando empate técnico.

O ex-presidente segue liderando entre aqueles que têm renda até três salários mínimos. A diferença para Bolsonaro chega até 29 pontos percentuais. Mas os dois candidatos mais bem colocados empatam tecnicamente no público com rendimento de três a seis salários mínimos, e Bolsonaro leva vantagem entre os mais ricos.

No segmento religioso, Bolsonaro perdeu quatro pontos percentuais entre os católicos, passando a ter 24% de intenções de voto desse eleitorado. Lula se manteve na margem de erro, oscilando um ponto para baixo, mas com vantagem de 30 pontos percentuais em relação ao atual presidente. O público evangélico continua preferindo Bolsonaro: 54% declaram voto ao pré-candidato do PL, contra 27% do petista.

Em um cenário de eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente lidera por 47% a 37%. Ele oscilou negativamente em um ponto, enquanto o presidente recua três. Com a vantagem, Lula volta a ter dez pontos percentuais à frente de Bolsonaro no segundo turno nesta pesquisa -- o que não acontecia desde março.

"Ainda não há nenhum reflexo de impacto resultante das medidas do governo de pagamento de auxílio ou de redução de preço dos combustíveis. Ou seja, é algo que precisamos monitorar na opinião pública nos próximos meses. Vale lembrar que o auxílio emergencial demorou aproximadamente dois meses para ter um reflexo na popularidade do presidente", analisou na divulgação do relatório da pesquisa o fundador do Ideia, Maurício Moura.

Avaliações negativas sobre o governo crescem

O levantamento mostra ainda uma piora na avaliação do governo Bolsonaro. Em junho, aqueles que consideravam a atual gestão como ótima/boa somavam 33%. Agora, passou 29%. E os que avaliam o atual governo como ruim/péssimo foram de 44% para 48% no intervalo de um mês.

Ainda houve crescimento entre os que consideram o governo federal o principal responsável pelo Brasil estar no rumo errado. No mês passado, 29% culpavam a atual gestão pela situação do país. Agora, são 35%.

"Na pergunta sobre se ele [o presidente Bolsonaro] merece ser reeleito, esse número está acima dos 50%, o que significa uma grande dificuldade de reeleição", complementou Moura.

O desemprego segue como o principal problema do Brasil (25%), apesar de ter diminuído quatro pontos percentuais em relação a junho. A inflação vem em seguida, com 22%, e depois a corrupção, que cresceu quatro pontos em relação ao levantamento anterior, chegando a 14%.

A pesquisa eleitoral Exame/Ideia foi realizada com 1.500 eleitores por telefone entre os dias 15 e 20 de julho. Ela está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob número BR-09608-2022.


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