terça-feira, 13 de dezembro de 2022

O relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou nesta terça-feira (13) que Câmara e Senado devem apresentar uma proposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) para resolver o impasse envolvendo as emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto.

O orçamento secreto recebeu essa classificação pela falta de transparência e pela disparidade na distribuição dos recursos. Pelo mecanismo, o relator-geral do Orçamento de cada ano pode encaminhar recursos para atender a demandas de senadores e deputados, sem que os nomes dos parlamentares sejam divulgados.

Segundo Castro, a proposta em discussão – que pode ser votada no Congresso – estabelece que 80% dos recursos das emendas de relator devem ser distribuídas proporcionalmente ao tamanho das bancadas partidárias na Câmara. Os maiores partidos teriam mais poder sobre o dinheiro. Dois terços desse montante ficaria com a Câmara e um terço com o Senado.

Os outros 20% das emendas de relator seriam divididos da seguinte forma:

  • 5% para a Comissão Mista de Orçamento;
  • 7,5% para Mesa do Senado Federal, comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG);
  • e 7,5% para Mesa da Câmara, comandada por Arthur Lira (PP-AL).

O STF começou a julgar na quarta-feira (7) ações que contestam o pagamento das emendas do relator. A análise do caso ainda não foi concluída.

"Acreditamos que com diálogo e entendimento podemos chegar à modulação que o Supremo quer sem que haja necessidade de que seja declarada a inconstitucionalidade", afirmou Castro em entrevista no Senado nesta terça-feira.

Segundo o senador, um projeto de resolução deve ser apresentado em ato conjunto da Mesa Diretora da Câmara e do Senado.

"Como vamos ter [reunião do] Congresso quinta-feira, quinta-feira já poderíamos aprovar isso aí", disse. "A proposta não foi apresentada ainda, mas já está escrita, formulada, nesses termos", acrescentou.


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